lunes, 11 de abril de 2011

PRIMER TRIMESTRE 2011 - FUSOES DE EMPRESAS DO BRASIL

Brasil tem 167 fusões e aquisições no trimestre, segundo a KPMG Luciana Seabra Valor 11/04/2011 - A KPMG contabilizou no primeiro trimestre deste ano o maior número de fusões e aquisições já registrado pela consultoria para o período no Brasil, um total de 167 transações. Houve um crescimento de 4% na comparação com os primeiros meses de 2010. Com relação ao último trimestre do ano passado, houve recuo de 14%, o que não é um sinal de desaquecimento segundo o sócio da KPMG, Luís Motta: “o primeiro trimestre costuma ser o mais fraco do ano e o recorde atingido aponta para mais um ano de forte movimentação”. O avanço foi evidente nas fusões e aquisições de empresas com operação no Brasil por parte de companhias estrangeiras. Foram 62 ao todo, um crescimento de 62% nos casos em que a empresa adquirida era de capital brasileiro e de 47% para companhias de capital estrangeiro que atuam no país. A maior parte das aquisições foi feita por empresas americanas, seguidas pelas francesas, alemãs e inglesas. As transações domésticas - entre empresas brasileiras - somaram 82, com uma pequena queda com relação às 88 fechadas de janeiro a março do ano passado. Também houve um recuo na internacionalização das empresas brasileiras, com 20 aquisições de empresas estrangeiras por brasileiras, 63% do número registrado de janeiro a março de 2010. O setor mais aquecido para transações foi o de Tecnologia da Informação, com 22 fusões e aquisições. (Luciana Seabra Valor) .

domingo, 30 de enero de 2011

ACUMULACION DE RESERVAS BRASIL AL CIERRE DE 2010

O processo de acumulação de reservas cambiais, que começou em 2004 e ganhou força a partir de 2006, está se esgotando. Para intervir no mercado de câmbio sem gerar pesados custos fiscais, o Banco Central (BC) voltou a fazer operações de "swap reverso" e anunciou esta semana, através da carta-circular 3.484, que vai operar por leilões também no mercado a termo.
Ou seja, a liquidação financeira de uma compra ou venda de dólares pela autoridade monetária só se dará no futuro. Como essa mesma operação poderá ser renegociada e rolada por prazo indefinido, o custo efetivo imediato da intervenção passa a ser mais modesto, representado pelo pagamento do cupom cambial até a data da liquidação.
No mercado a termo, cria-se um direito e uma obrigação correspondente, sem que o peso do diferencial de juros internos e externos sobre a esterilização das reservas recaia no orçamento do próprio exercício (conforme o prazo da operação). Pode-se, assim, diluir no tempo as despesas fiscais decorrentes da compra de moeda estrangeira.
BC cria novos instrumentos para intervir no câmbio
É claro que nem todas as intervenções serão feitas nesse mercado, e que alguma compra de reservas ocorrerá ao longo do ano. Mas o fato importante é que o BC está criando alternativas, cujos efeitos são menos onerosos ao Tesouro Nacional, conforme salientou uma fonte do governo.
O país dispõe, atualmente, de US$ 295,9 bilhões em caixa, montante mais do que suficiente para enfrentar eventuais crises externas que resultem em parada abrupta do ingresso de moeda estrangeira no país.
O custo de carregamento das reservas ocorre de duas formas: pelo diferencial entre juros internos e externos e pela valorização do real frente ao dólar. Como o país é credor em moeda estrangeira, a apreciação do real frente ao dólar resulta em prejuízos ao BC. No ano passado até novembro, a equalização cambial registrava prejuízo, para o BC, de R$ 31,8 bilhões (ou 0,9% do PIB).
Essa, no entanto, não é uma variável que só gera despesa. Em 2008, quando houve uma substancial depreciação do real, o Banco Central remeteu para o Tesouro Nacional um lucro espetacular de R$ 171,4 bilhões.
Não é trivial calcular o quanto a acumulação de reservas já custou à sociedade brasileira. Ao aumentar as reservas de US$ 85,83 bilhões, em 2006, para US$ 180,3 bilhões em 2007, estimou-se, no governo, que isso representaria aos cofres públicos um gasto de cerca de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Algo próximo a R$ 50 bilhões naquela época. Atualmente, avalia-se em mais de 1% do PIB a despesa para manter reservas de quase US$ 300 bilhões.
Dentre os países que detém os maiores volumes de reservas, o Brasil é o que tem o menor valor como proporção do PIB, em torno de 13%. Mas é, também, o que pratica as taxas de juros mais elevadas (Selic de 11,25% ao ano). Portanto, é o país que mais gasta para carregar esse seguro que, apesar de muito caro, mostrou-se crucial nos momentos mais difíceis da crise global.
Para enfrentar a crise econômica global de 2008, um caixa de US$ 200 bilhões se mostrou suficiente. É razoável supor, assim, que todos os dólares comprados pelo BC de lá para cá foram para evitar excessivas volatilidade e apreciação da taxa de câmbio, e não para aumentar a proteção das contas do balanço de pagamentos.
Outra mudança relevante na atuação do Banco Central, neste início de ano, foi a de não comprar todo o fluxo de moeda estrangeira. Até o dia 21, o ingresso de dólares havia sido de US$ 9,2 bilhões, mas a autoridade monetária adquiriu US$ 3,9 bilhões no mercado a vista e outros US$ 3,5 bilhões nos leilões de swap reverso. Como esses últimos representam atuação no mercado futuro, não há a entrega de dólares e, portanto, não geram custo fiscal adicional.
Ainda que a compra abaixo do fluxo tenha outras motivações, como dar espaço para que os bancos desmontem suas posições vendidas em moeda estrangeira, ela acaba também reduzindo a pressão sobre o aumento do gasto público decorrente da acumulação de reservas.
A busca por mecanismos de intervenção que não representem compra de reservas e, portanto, não onerem ainda mais a já debilitada situação da política fiscal não significa que a ajuda do Banco Central no cumprimento da meta de superávit primário este ano seja relevante. Mas representa uma constatação de que a relação custo-benefício da política de acumulação de reservas cambiais, conduzida com sucesso no governo anterior, está chegando ao fim.
Assim como também chega ao fim a grande contribuição que a apreciação do real frente ao dólar deu para o controle da inflação desde os primórdios do Plano Real.
Claudia Safatle é diretora de redação adjunta e escreve às sextas-feiras
E-mail claudia.safatle@valor.com.br

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viernes, 7 de enero de 2011

EN BRASIL- BCB : COMPULSORIO POSICION DE BANCOS COMERCIALES EN DOLARES - 60% A PARTIRA DE 4 DE ABRIL

Pela primeira vez o Banco Central instituiu recolhimento compulsório sobre operações de câmbio, em uma ação que mostra sua disposição para adotar novas medidas para conter as apostas na valorização do real. Ontem, antes da abertura do mercado, os bancos ficaram sabendo que terão de depositar no BC, sem remuneração, 60% sobre o resultado da posição diária vendida de câmbio que exceder US$ 3 bilhões ou a média aritmética do patrimônio de referência, o que for menor. O depósito será feito em espécie e passa a valer a partir de 4 de abril.
ES UNA MEDIDA PARA QUE LA MONEDA BRASILERA SE DEVALUE E FORTALEZCA LA POLITICA EXPORTADORA Y RESTRINJA LAS IMPORTACIONES BRASILERAS.

jueves, 6 de enero de 2011

FUSOES E AQUISICOES BRASIL 2010

FUSÕES & AQUISIÇÕES - Brasil e China levam emergentes à liderança em fusões no mundo / Agência Estado
A atividade de fusões corporativas disparou em 2010 no Brasil, que, ao lado da China, levou o mundo emergente a responder por um terço do movimento global do setor no período, um recorde.
De acordo com um levantamento da Thomson Reuters, as operações anunciadas que envolvem empresas do País movimentaram US$$ 120,6 bilhões no ano passado, um salto de 76,1%. O setor de energia liderou, com destaque para a compra de 40% dos ativos da Repsol no Brasil pela chinesa Sinopec, e para a criação de uma joint venture que reúne parte dos ativos da anglo-holandesa Shell e da Cosan. Matérias-primas e telefonia ficaram em segundo e terceiro lugar na lista, respectivamente.
Para especialistas, por ser forte nas áreas de energia (petróleo e etanol) e em metais, alguns dos segmentos mais ativos em fusões no mundo, e ter a perspectiva de elevado crescimento econômico nos próximos anos, o Brasil continuará a ser um dos países mais ativos nesse mercado em 2011.
"Essa combinação está atraindo a atenção de toda espécie de investidor", diz Marco Gonçalves, chefe da área de Fusões e Aquisições do BTG Pactual, o líder do setor no Brasil.
Segundo os banqueiros, mais do que o recorde de 2010, chama a atenção nos números a mudança de perfil desse mercado no País, com participação de mais setores, e com menor valor médio por operação.
Em 2010, foram anunciadas 693 transações, um crescimento anual de 37,5%.
A avaliação é de que isso revela o amadurecimento do setor de fusões no Brasil, porque aponta a consolidação em vários setores da economia.
O Brasil é cada vez mais um participante de peso no mercado mundial de fusões e aquisições, em que empresas do País atuam nas duas pontas: vendedora e compradora. A atividade de fusões corporativas disparou em 2010 no Brasil, que, ao lado da China, levou o mundo emergente a responder por um terço do movimento global do setor no período, um recorde. De acordo com um levantamento da Thomson Reuters, as operações anunciadas que envolvem empresas do Brasil movimentaram US$$ 120,6 bilhões no ano passado, compondo um salto de 76,1%.
Na ponta compradora, de olho na ampliação de seus negócios, o grupo brasileiro Kepler Weber busca novas parcerias ou aquisições em mercados do Hemisfério Norte, Ásia, Europa e Oriente Médio. Com esta iniciativa, a empresa pretende diminuir os períodos de sazonalidade e crescer de forma sustentável.
A Kepler Weber, que atua na venda e desenvolvimento de soluções para armazenagem há mais de 80 anos, está otimista com o crescimento do agronegócio no mundo. E para acompanhar esse ritmo, o grupo já contratou uma empresa para avaliar mercados para a expansão mundial de seus negócios. "Estamos mirando o crescimento em mais países, sem perder a liderança que temos naqueles em que já atuamos, para balancear a sazonalidade que predomina no setor", conta Anastácio Fernandes Filho, diretor presidente da Kepler Weber.
A Petrobras também vai às compras. A estatal confirmou ontem que está estudando a possibilidade de entrar no capital da portuguesa Galp com a compra de participação da italiana Ente Nazionale Idrocarburi (ENI) no grupo português. A Petrobras negou, no entanto, que o valor divulgado, cerca de 3,5 bilhões de euros, já tenha sido fechado.
Rumores de mercado davam conta de que o grupo italiano de energia queria vender sua participação por 4,7 bilhões de euros depois do término do acordo de exclusividade com a Amorim Energia e com o banco português Caixa Geral de Depósitos, encerrado no último dia de 2010. Com isso, desde o início deste ano