Dólar cai ao menor nível desde outubro . EL REAL se valoriza.
11 de Maio de 2009 - O resultado dos testes de estresse com os 19 bancos norte-americanos colocou fim no clima de incerteza que pairava no ar nas últimas semanas, devolvendo aos mercados transparência e conforto. Essa maior confiança no setor bancário, associada ao sentimento de acomodação da crise nos EUA e a recuperação da atividade na China trouxeram euforia aos players. Os principais índices acionários acumularam ganhos na última sexta-feira, enquanto que o dólar renovou a mínima em mais de seis meses frente ao real, movimento que chamou a atenções do Banco Central (BC). No fim do dia, o dólar comercial caiu 1,80%, para R$ 2,071 na venda, menor valor desde 3 de outubro do ano passado.
Depois de promover leilão de swap cambial reverso na terça-feira da semana passada, a autoridade monetária realizou na última sexta compra de dólares no mercado à vista. Os recursos adquiridos no leilão irão somar-se aos US$ 201,4 bilhões das reservas internacionais. Por meio de nota, o BC justificou sua volta ao mercado lembrando do início deste tipo de operação, em 2004, e da importância para o País. "Tal política trouxe benefícios inegáveis para a economia, permitindo o enfrentamento da mais severa crise financeira observada na economia mundial desde os anos trinta do século passado, sem rupturas de política nem descumprimento de contratos", disse o BC se referindo ao nível atual das reservas.
Além de otimistas com os resultados do teste de estresse, os investidores também repercutiram o relatório de emprego dos Estados Unidos. Segundo departamento de trabalho, a economia eliminou 539 mil vagas em abril, elevando a taxa de desocupação para 8,9%. Apesar de ruim, o número veio melhor do que o esperado, reafirmando os sinais de abrandamento da recessão e que o fundo do poço pode estar realmente próximo.
Para a consultoria LCA, é remota a chance de reversão, no curto prazo, da tendência de deterioração do mercado de trabalho norte-americano, uma vez que a elevada ociosidade de recursos produtivos deverá manter o investimento travado ainda por vários trimestres. "Números positivos na geração de empregos só deverão ser vistos, na melhor das hipóteses, no primeiro trimestre do ano que vem. Até lá, a taxa de desemprego já deverá ter superado 10%", observa em relatório. "Por isso, muita cautela nesta hora de euforia. Ainda falta, e muito, para melhorar", finaliza.
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